CDC Emite Guia de Viagem Provisório Relacionado ao Vírus da Zika Para 14 Países

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiu um alerta de viagem (Nível 2-Práticas de Precauções Avançadas) para pessoas que viajam a regiões e alguns países onde a transmissão do vírus da Zika\está em curso: Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Porto Rico.

Este alerta é devido a relatórios de microcefalia no Brasil, e outros maus prognósticos em bebês de mães que foram infectadas com o vírus da Zika durante a gravidez. No entanto, estudos adicionais são necessários para reforçar mais esta relação. Mais estudos estão planejados para saber mais sobre os riscos de infecção pelo vírus da Zika durante a gravidez.

Até que mais seja revelado, e por questão de cautela, o CDC recomenda precauções especiais para mulheres grávidas e mulheres que estejam tentando engravidar:

  • Gestantes em qualquer trimestre de gestação devem considerar o adiamento de viagens às áreas onde a transmissão do vírus da Zika esteja em curso. Gestantes que precisarem se deslocar a uma dessas áreas devem conversar com seu médico ou outro profissional de saúde primeiro, e seguir rigorosamente medidas para evitar picadas de mosquitos durante a viagem.
  • Mulheres que estejam tentando engravidar devem consultar seu médico antes de viajar para estas áreas, e seguir rigorosamente medidas para evitar picadas de mosquitos durante a viagem.

 

Por conta das áreas específicas onde a transmissão do vírus da Zika está em curso serem difíceis de determinar, e propensas a mudar ao longo do tempo, o CDC irá atualizar este aviso de viagem conforme informações são disponibilizadas. Verifique o site de viagens do CDC com frequência para checar as recomendações que são atualizadas continuamente.

Atualmente, não existe vacina para prevenir ou medicamento para tratar o vírus da Zika. Quatro em cada cinco pessoas que adquirem a infecção causada pelo Zika pode não ter sintomas. A doença causada pelo Zika é geralmente leve e não requer hospitalização. Os viajantes são encorajados a se proteger através da prevenção de picadas de mosquito:

  • Use camisas de mangas compridas e calças compridas.
  • Use repelentes de insetos registrados na Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos contendo DEET, icaridina, óleo de eucalipto citriodora, ou IR3535. Sempre use conforme instruções.

Repelentes de insetos que contenham DEET, icaridina e IR3535 são seguros para gestantes, lactantes e crianças com mais de 2 meses, quando utilizados de acordo com o rótulo do produto. Produtos à base de óleo de eucalipto citriodora não devem ser usados em crianças com menos de 3 anos de idade.

  • Use roupas e acessórios (tais como botas, calças, meias e tendas) tratados com permetrina.
  • Fique e durma em quartos com tela nas janelas ou com ar condicionado.

 

Além das medidas anunciadas hoje, o CDC está trabalhando com especialistas em saúde pública do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) para tomar medidas adicionais relacionadas ao Zika. O CDC está desenvolvendo orientações provisórias para gestantes, bem como repassando informações adicionais sobre o Zika às autoridades de saúde pública, médicos e ao público. Além disso, estão em curso esforços através do HHS para desenvolver vacinas, diagnósticos melhorados e outras medidas contra o vírus da Zika.

Cientistas do CDC testaram amostras fornecidas pelas autoridades de saúde brasileiras a partir de duas gestações que terminaram em aborto, e de duas crianças diagnosticadas com microcefalia que morreram logo após o nascimento. Para as duas crianças nascidas a termo, os testes mostraram que o vírus da Zika estava presente no cérebro. Uma análise da sequência genética mostrou que o vírus nos quatro casos foi a mesma que a estirpe do vírus da Zika circulando no Brasil. Todas as quatro mães relataram ter tido febre e erupções cutâneas compatíveis com Zika durante a gravidez.

O primeiro caso de Zika registrado no Brasil foi em maio de 2015, e desde então o vírus já foi relatado em 14 países e territórios na América Latina e no Caribe: Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela, e Porto Rico.

De acordo com as autoridades de saúde brasileiras, mais de 3.500 casos microcefalia foram relatados no Brasil entre outubro de 2015 e janeiro de 2016. Algumas das crianças afetadas têm um grave tipo de microcefalia e algumas morreram. Todas as consequências que podem estar associadas à infecção durante a gravidez e fatores que podem aumentar o risco para o feto ainda não são totalmente compreendidos. As autoridades de saúde no Brasil, com a assistência da Organização Pan-Americana da Saúde, CDC e outras agências, têm investigado a possível associação entre a infecção pelo vírus da Zika e microcefalia em lactentes. No entanto, estudos adicionais são necessários para reafirmar ainda mais esta relação. Mais estudos são planejados para saber mais sobre os riscos de infecção pelo vírus da Zika durante a gravidez.

No passado, surtos de infecção pelo vírus da Zika ocorreram na África, Sudeste da Ásia e Ilhas do Pacífico. O vírus da Zika é transmitido às pessoas principalmente através da picada de um mosquito infectado da espécie Aedes. Cerca de uma em cada cinco pessoas infectadas com o vírus da Zika irá desenvolver sintomas, que incluem febre, erupção cutânea, dor nas articulações e conjuntivite. Outros sintomas comumente relatados incluem mialgia, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. A doença é geralmente leve com sintomas que duram de alguns dias a uma semana. Casos mais severos da doença que requeiram hospitalização são incomuns, assim como o risco de letalidade é baixo. A síndrome de Guillain-Barré tem sido relatada em pacientes que provavelmente foram infectados com Zika na Polinésia Francesa e Brasil. Os esforços de investigação também vão examinar a ligação entre Zika e síndrome de Guillain-Barré.

 

Fonte: CDC

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