A nova vacina contra a dengue, que já passou pelas fases de estudos e testes, mostrou redução de 95,5% dos casos graves da doença. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que a doença é endêmica em mais de 100 países, entre eles o Brasil . São 2,5 bilhões de pessoas sob risco direto de contrair a dengue. Até a primeira semana de outubro pelo menos 377 pessoas morreram em decorrência da dengue no país.
A vacina, desenvolvida pelo Laboratório Sanofi Pasteur, é a primeira contra a dengue concluída no mundo. O produto demonstrou proteção de 60,8% contra os quatro tipos da doença. Ou seja: a cada 100 pessoas imunizadas, 60,8 não contraem a dengue; e entre as que contraem, 95,5 em cada grupo de 100 não terão dengue hemorrágica.
“Isso significa que praticamente não vamos mais ter casos graves da doença”, avaliou Sheila Homsani, gerente médica da Divisão de Vacinas do laboratório, ressaltando que a imunização também vai reduzir as internações decorrentes da dengue. Segundo Sheila, os testes demonstraram que a vacina tem níveis de segurança comparáveis aos dos placebos dados aos pacientes. A imunização deve ser aplicada em três doses, com intervalos de seis meses.
A nova vacina foi testada em dois grandes estudos de larga escala, um deles em cinco países da Ásia ( Tailândia, Filipinas, Vietnã, Malásia e Indonésia), envolvendo 10 mil pessoas, e o outro em cinco países da América Latina e Caribe (Colômbia, Brasil, México, Honduras e Porto Rico), reunindo 21 mil, 3,5 mil deles no Brasil.
O laboratório deve entrar com pedido de avaliação da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no primeiro trimestre de 2015, e a expectativa é que até o final do ano que vem ela esteja registrada no Brasil.
Não deixar água parada continuará sendo essencial, pois evita a proliferação do mosquito da dengue (aedes aegypti), que também é transmissor da febre chikungunya. Com o slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”, o ministério lançou uma campanha na terça-feira (4/11) para chamar a atenção sobre a importância da prevenção.
Fonte: Conselho Federal de Enfermagem