O uso do celular entre os profissionais da saúde

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É praticamente impossível não dar aquela olhadinha no celular. Verificar as mensagens do WhatsApp, checar e-mail, atender ligação, acompanhar o Facebook.

Com infração gravíssima no artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), multa no valor de R$ 293,47 e sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), os risco de acidentes no trânsito continuam 400% maior por conta do celular, com 80% da população fazendo seu uso enquanto dirige.

Mas e na área da saúde?

O uso de celulares, tablets e computadores entre os profissionais da saúde tem aumentado muito nos últimos anos e, ao invés de acessar dados dos pacientes, os médicos e outros profissionais da área, tem acessado a rede inclusive durante cirurgias.

De acordo com uma pesquisa realizada com 439 técnicos de laboratórios e hospitais, publicada pela Revista Médica Perfusion, 56% dos profissionais responsáveis por monitorar máquinas usadas em cirurgias cardíacas falam ao celular enquanto atuam em operações. Além disso, 49% enviam mensagens de texto, 21% acessam e-mails e 15% navegam pela internet. Cerca de 78% deles admitem que a prática traz riscos ao paciente. Mas a atitude não muda.

fonte: Galileu

Para a farmacêutica Sarah Fernandes, da UBS de Itaquaquecetuba, o uso de celular está diretamente relacionado ao valor que cada profissional deposita no trabalho que realiza na saúde: “Depende do uso e do local. Se é na hora do intervalo e o profissional vai checar as mensagens pessoais ou até mesmo mensagens de outros profissionais, é uma coisa. Se ele está esperando uma mensagem de outro colega de profissão referente a algum paciente, como um endereço ou informações a respeito de medicamentos por exemplo, na intenção de resolver algum assunto e vai, discretamente em um local reservado e retorna na sequência, é uma coisa. Agora, o profissional estar atendendo o paciente com o celular na mão, respondendo mensagem, conferindo as redes sociais, tirando selfie durante o atendimento ou na sala de cirurgia, mesmo que ainda não esteja com o paciente, é errado e desrespeitoso. A ideia de usar o celular, tablet, computadores, é ajudar a salvar vidas”, comenta Sarah.

Na matéria de Cláudia Collucci, publicada pelo jornal Folha de São Paulo, Hospitais e Conselhos Médicos querem reforçar as regras sobre as redes sociais para evitar que profissionais compartilhem dados de pacientes, como ocorreu no caso da ex-primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, que teve a tomografia e informações do diagnóstico vazados em grupos de WhatsApp.

fonte: Folha de São Paulo

Guilherme Brauner Barcellos, pioneiro no Brasil e na América Latina em Medicina Hospitalar, descreve em sua coluna Médico Hospitalista, do site Saúde Business, a importância de se debater questões relevantes da área da saúde envolvendo os profissionais que trabalham em hospitais para o uso de smartphones e aplicativos, destacando a complexidade dos riscos aos pacientes que estar entretido com o aparelho pode causar, além dos riscos de contaminação. “Assim como na aviação [e no trânsito também], falhas ocorrem, e eventualmente transformam-se em tragédias, quando profissionais da saúde falam ao celular ou mandam mensagens. Mesmo assim, o assunto tem sido pouco explorado. Mexeria em fortes zonas de conforto – pessoais, inclusive (identifico claramente uso excessivo do celular no trabalho e tenho tentado melhorar).”

fonte: Saúde Business

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