Enf. Lia Jeronymo Romero

image_pdfImprimir notíciaimage_print

Que possamos nos desafiar a cada dia na enfermagem, mas que não esqueçamos das nossas vidas, família, amigos, amores…E que venham o “mais” e o “sempre” 

Enfermeira, mãe de cachorra, gerente do bloco cirúrgico, hemodinâmica e cardiologia do Hospital Vera Cruz – Campinas.

Depois de muitas férias trabalhando como voluntária,  sem me arrepender por nem um minuto – fatos que daria um livro nesse depoimento, na primeira férias de verdade, eu e uma amiga-irmã nos aventuramos num mochilão pela América do Sul.

Foram 6 meses de preparo para nos depararmos com 90% de nada planejado no nosso percurso.  Fizemos 12 cidades, 3 países,  quilômetros e quilômetros de caminhada, areia, montanha e inúmeros amigos em 25 dias.A única constância era chegar na cidade e comprar a passagem para a próxima de destino… o resto seguia a sorte …
A cada cidade a gente aprendia a não errar na próxima. “quanto custa ir até a rodoviária? Nós duas? Com ar ligado? usando o bagageiro? Em dollar ou bolivianos? ”…  Rs!
Vimos paisagens inigualáveis e a força inca me comoveu e trouxe um sentimento de propósitos e de guerreiro na minha vida.
Conhecemos engenheiros, brasileiro que mora no deserto, bicicleteiros, empresárias, canion, vulcões, neve, enfermeiros  americanos, neurorogista irlandês ( o qual enfaixou minha panturrilha  distendida na descida montanha de Macchu Pichu), alemães, mexicanos, incas, guerreiros, quechuas, chineses, dissidentes de ilhas flutuantes, água caliente, quase ilha, museus, múmias, pollo, chocle

Honrávamos “desajuno” com ovo mexido e nos recusamos em comer carne de alpaca.  Conhecemos a “Tuesdae on Tuesday”, e a Tati falou meia hora com um brasileiro em inglês sem saber da sua língua de origem!!
Nada melhor que coroar um ano de desafios, conquistas, trabalho duro, dias de sol e dias de chuva, com agradáveis 5mil metros de altitude, -15ºC ou qualquer coisa que te faça entender que a vida é muito mais que uma caixinha ou um acordar, trabalhar e dormir…..

[column][/column]

Depois de muita “mesmice”, entrei em 2015 cheia de gás para novos desafios.

Fui convidada para ser o piloto do orçamento do hospital e desde então vivo pensando em números, margens de contribuição e “quem colocou isso no meu centro de custo?” rs! Sem esquecer de todas as minhas responsabilidades, tive que acrescentar a minha atividade diária, umas horinhas a mais de trabalho …

Fiz um curso de gestão estratégica de custos e passei a analisar não só o cc, mas todas as minhas unidades. Conheci engenheiros, contadores, fiz analise de empresas de refrigerantes e passei a abrir minha mente para novos conhecimentos. Comecei admirar quem liga com facilidade uma calculadora científica, e quem souber tirar um resultado dela, tem meu respeito… rs!
Com o tempero de um cogestor que vive me desafiando e rasgando meu cérebro com reflexões, novos resultados e o que vale ou não á pena virar uma pimentinha ardida, passei a refletir diariamente em o que somos e o que podemos fazer para melhorar!

Encontrei alelos genéticos que explicam o porquê de ter pais bancários e filhos enfermeiros. Mesmo que esses pais também sejam advogados, filósofo e ex quase padre, mas esse é um outro depoimento! rs!

 

[column][/column]

Estudei em casa, na varanda, no carro… foi uma delícia, e junto aos exercícios, minha cabeça que estava a 220v tinha a oportunidade de desligar e relaxar quando deitava na rede ou na cama para dormir. Perdi o estresse noturno e aprendi que o “mais”, relaxa, e que nada me estressa… bem maluco!

Dentre meus estudos, descobri que tenho todas as atividades da CME vendidas virtualmente nos overheads de todas as unidades do hospital, na proporção do uso e tipo de material. O desafio disso é mudar paradigma e colocar a CME “vendendo” esse processo – olha o futuro aí!
Me propus não só em pensar fora da minha caixinha, mas mudar a minha vida para melhor em muitos sentidos.  Comecei a “correr’ (o mais próximo disso) e agora estou voltando a realizar uma antiga vontade que é jogar tenis. Joguei dos 6 aos 13 anos e quero que meu irmão, que é professor de tênis, tenha orgulho de mim.

 

Porque desafiar muda, cresce, fortalece…

[icon-box icon=user]
Enf. Lia Jeronymo Romero
Gerência – Bloco Cirúrgico e Hemodinâmica Hospital Vera Cruz
Campinas – São Paulo
 [/icon-box]

 

Imprima sua noticia!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Noticias Relacionadas

categorias

redes sociais