O governo da Coreia do Sul confirmou neste domingo (7) 23 novos casos do surto da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), totalizando 87 pessoas infectadas. Mais cedo, autoridades do país anunciaram que irão rastrear os celulares de centenas de pessoas em quarentena para prevenir o alastramento da doença. Cinco pessoas já morreram no país.
O coronavírus da Mers é da mesma família do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Arave (Sars), que surgiu em 2002 na China. A Mers causa tosse, febre e pneumonia. Não há tratamento definido, mas os médicos dizem que a doença geralmente se esvai sem que nada seja feito, e é de difícil transmissão entre pessoas.
De acordo com o último boletim, 17 dos novos casos foram registrados na mesma sala de emergência hospitalar na capital Seul, onde o primeiro paciente recebeu o diagnótico da doença no país.
Criticado pela falta de transparência na ação contra o surto, o governo do país cedeu à pressão da opinião pública neste domingo e identificou 24 centros de saúde onde as infecções se deram ou onde pacientes com Mers estiveram. Os novos casos da doença se somam à maior incidência de contágios fora do Oriente Médio.
“Por favor entendam que essa é uma medida inevitável para o bem dos nossos vizinhos e famílias”, disse mais cedo à imprensa o vice-premiê, Choi Kyung-hwan, na cidade de Sejong, onde ele anunciou o plano de rastrear os celulares das pessoas sob quarentena.
Mais de 2,3 mil pessoas na Coreia do Sul estão sob quarentena, algumas em centros de saúde, mas a maioria em suas casas, incluindo um vilarejo inteiro com cerca de cem pessoas no sudoeste, depois do contágio de um morador que esteve no hospital onde o primeiro paciente com Mers no país foi tratado.
Fonte: G1