Colunista Anacris Mancussi: “Sua Imagem Profissional – Aliada ou Algoz?”

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Sua Imagem Profissional está a seu favor? | Foto: DepositPhotos
Sua Imagem Profissional está a seu favor? | Foto: DepositPhotos

Qual a diferença de imagem pessoal e postura profissional? Qual a importância da nossa imagem? Qual postura devo ter no processo seletivo para um novo emprego? O que fazer para ter uma boa imagem profissional? Como garantir uma primeira boa impressão no trabalho? Essas são perguntas que nos fazemos ao conviver com uma colocação no mercado de trabalho cada vez mais disputada e com exigências cada vez mais extensas. O filósofo francês Guy Debord, apelidou as nossas relações sociais de “sociedade do espetáculo”, porque tudo decorre da imagem que a “espetacularização” dos fatos consegue criar. E no mundo corporativo? Como as coisas funcionam? Da mesma maneira! Com a imagem em primeiro lugar.

A consultora de imagem pessoal, corporativa-empresarial e visagista, Anacris Mancussi, também é enfermeira e professora aposentada da Escola de Enfermagem da USP e assina todo mês, o espaço de colunistas do Portal NasceCME para falar sobre Consultoria de Imagem.

Boa leitura!

Sua Imagem Profissional – Aliada ou Algoz?

Por Anacris Mancussi
Consultora de Imagem e Visagista

Nos dias atuais e, de uns tempos até o momento, a colocação no mercado de trabalho está acirrada, disputadíssima e isso não se configura em novidade.

Para uma colocação aceitável no trabalho, precisamos de escolaridade, qualificação, currículo, experiência, cartão de visitas, domínio de idiomas e de algumas habilidades, versatilidade, especialidade, boa presença, boa imagem.

Afinal de contas, quem somos e o que queremos para a nossa vida?

Somos uma somatória de eus, de sou, de faço, de quero ser e por aí vamos.

Quando nos olhamos no espelho, o que vemos e enxergamos? Quem e o que ele reflete?

Quando nos arrumamos para sair para o trabalho, curso, encontro ou festa, nos preparamos para tais momentos com motivação diferente.

A nossa segurança para nos vestir vem do nosso desenvolvimento, da nossa infância. Nas fases iniciais da vida, apresentamos dependência dos nossos pais ou responsáveis para vestir, para a higiene pessoal. Nossos cúmplices na emoção de vestir para o primeiro dia de aula, para um encontro, para o primeiro dia de aula na faculdade, para apresentar o TCC, a formatura. Enfim, tantos momentos bons na memória e pouco exercitados ao longo da vida adulta e no dia a dia.

É comum perguntar para as crianças “o que você quer ser quando crescer?”

Como entender esta pergunta e vislumbrar um futuro ainda distante? Ela é uma criança e não um currículo. E misturamos o que almeja ser com o que almeja fazer, ainda em tenra idade, quando precisa de ajuda para vestir para as suas atividades da infância.

O exercício de perguntar como foi o seu dia revela o interesse no ser, no bem estar. Atitudes assim nos ajudam compreender porque a pessoa pode estar com determinada postura, porque diz ter acertado no sapato que usou ou na mochila pesada que carregou. Sem julgamentos sobre o que ela faz, ou deixou de fazer, mas no como está se sentindo de fato.

O trabalho ocupa um espaço enorme na nossa vida e confunde o nosso ser profissional com o nosso ser pessoal. Neste desenvolvimento, muitas pessoas não percebem a diferença ou não veem a diferença entre a vida pessoal e o trabalho. Mas há diferença, são tempos e momentos diferentes.

A imagem pessoal e profissional revelam muitas das nossas características e também as habilidades desenvolvidas ao longo da nossa vida e outras ainda latentes ou em desenvolvimento. E como é bom nos surpreendermos com nossas qualidades, habilidades e gostos. Afinal vivemos num mundo com diversidade de necessidades, dinâmico.

Enfim, faz-se necessário resgatar o entusiasmo para arrumar-se, vestir-se, produzir-se para um determinado evento na vida. Aqui a discussão vai para o entusiasmo em apresentar-se profissionalmente, sentir alegria e entusiasmo para isso.

A melhor imagem profissional está baseada em alguns pressupostos, conceitos e significados relacionados ao autoconhecimento, autoestima, autoaceitação, curiosidade intelectual.

Vestir-se para realizar, para ser, para fazer. Assim, engana-se quem acredita que o guarda roupas é único.

O guarda roupas profissional não é o mesmo do guarda roupas de lazer, social, de prática de esportes ou de atividade física e recreação.

Cerca de 15% das peças de um guarda roupas são para o trabalho. Conte tudo: roupas, calçados, acessórios, com a dica de que uma peça de baixo deve combinar com três a quatro de cima e mais uma terceira peça. Dessa forma, muitas combinações são produzidas.

Isto facilita o dia a dia, torna o consumo de roupas, calçados e acessórios consciente, conseguindo combinar mais com racionalidade, versatilidade e praticidade. Também conseguimos compreender que, salvo se é um profissional da indústria da moda, não iremos nos vestir para ir trabalhar com as tendências da estação e sim, com itens clássicos, atemporais e básicos.

Isto porque não somos somente o que trabalhamos, somos muito mais do que o nosso trabalho.

Quando digo que menos é mais, quero esclarecer que se trata do suficiente, que as pessoas entendam que menos peças e de boa qualidade, nos permitem fazer mais combinações pois não são esquecidas no guarda roupas. Menos é mais quando no look ou na imagem profissional, não há poluição de itens e, consequentemente, de mensagens que transmitimos.

Informação de moda no visual significa combinar peças, cores e estampas com simplicidade, praticidade e ajustadas ao que se faz profissionalmente, com quem trabalhamos ou almejamos trabalhar, com os meios de transporte que usamos, com a jornada de trabalho e muito com a natureza do trabalho.

Algumas empresas têm um dresscode ou código de vestimenta, o que não significa uniforme.

Vale salientar que uniformes não igualam, apenas identificam os profissionais. Outras tantas empresas, não tem um código de vestimenta claro ou definido, prevalecendo o venha como quiser.

Evite críticas e comentários precoces quanto a isto. Observe e mantenha o seu bom senso identificando a missão, valores e propósitos da empresa.

Até que você identifique isto, seja porque vai ser admitido ou porque vai participar de um processo de seleção para uma entrevista de emprego, aposte no que é seguro para você no ambiente profissional.

Valem as diretrizes sobre boa apresentação, bom senso e calma com simplicidade.

Descomplica!

Itens básicos, clássicos (o que não significa formais), desatualizados ou caretas, mas simples, nada que vai expor, ou deixá-lo inseguro, sem jeito, neste ambiente.

Ajuste-se ao dresscode da empresa mantendo a sua personalidade, porém, vestindo a camisa da empresa, dando identidade ao trabalho realizado e ao seu desenvolvimento profissional.

O código de vestimenta nada mais é do que um grande aliado. São diretrizes, condutas ou o como se espera que as pessoas e profissionais se apresentem para os momentos de convivência no trabalho. E isto, meus caros, é global, mundial.

Saiba que você pode levar seus estilos pessoais para o trabalho, sua personalidade mantida, mas que todos os demais estarão, também, na mesma condição. É o time, o conjunto de valores que fortalecem a imagem profissional e a identidade visual.

Assim, os códigos, diretrizes, normas, para vestir-se em ambiente de trabalho, agregados a imagem profissional, são poderosos aliados.

E lembre-se que são momentos de convivência no trabalho e que a nossa vida tem tantos outros momentos, relações e convivências.

Anacris Mancussi

Instagram: @anamancussi

E-mail: anacrisbrasil8@gmail.com

Facebook: Anacris Mancussi Consultoria de imagem

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