Um grupo de cientistas propôs que as autoridades americanas busquem a vacina e tratamentos para o vírus ebola nos anticorpos do sangue de sobreviventes.
A teoria é baseada no uso do chamado soro convalescente, que já foi dado a pelo menos quatro pacientes que se recuperaram nos Estados Unidos. A técnica é chamada de imunização passiva, e vem sendo utilizada desde o século XIX, apesar de ter sido substituída em grande parte pela vacinação.
Os cientistas recomendam o uso de novas tecnologias para encontrar centenas ou até milhares de anticorpos do vírus, determinar sua “receita” genética e produzi-los em quantidades industriais, para, ao fim, combiná-los em um único tratamento, semelhante ao coquetel utilizado em pacientes com HIV.
As drogas hoje em desenvolvimento são todas baseadas em um pequeno número de moléculas capazes de combater o ebola.
Entre os defensores da ideia estão os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina David Baltimore, especialista em biologia molecular do sistema imunológico, e James Watson, um dos descobridores do formato de dupla-hélice do DNA.
Uma proposta foi enviada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que inclui o Food and Drug Administration (órgão que regula alimentos e medicamentos), a legisladores e empresas de biotecnologia.
Fonte: Veja