Outpatient Surgery Magazine
Os profissionais de saúde contaminam sua pele e roupas enquanto removem vestuário e luvas com mais frequência do que imaginam, de acordo com pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine.
![USUÁRIO, CUIDADO, mau uso de equipamentos de proteção pode causar danos](https://nascecme.com.br/2014/wp-content/uploads/2015/10/20151013_gloves.jpg)
Pesquisadores estudaram amostras de profissionais de saúde de cinco hospitais de Ohio, que realizaram simulações envolvendo a remoção de luvas ou roupas “contaminadas” utilizando para isto uma loção fluorescente. Os participantes do estudo foram solicitados a remover seu equipamento de proteção individual de forma habitual. A luz negra foi então utilizada para verificar se houve contaminação na pele de suas mãos, antebraços, pescoço e rosto, bem como nos cabelos e nas mangas, busto e costas de suas camisas.
Os participantes do estudo receberam, em seguida, treinamento sobre a remoção adequada do equipamento de proteção, incluindo uma apresentação em vídeo de 10 minutos, 20 minutos de demonstrações sobre a colocação adequada e remoção, uma revisão sobre violações comuns e sessões práticas envolvendo a loção fluorescente e teste de luz negra.
Segundo os resultados, 46% de 435 luvas e roupas removidas resultaram em contaminação. Mais especificamente, a contaminação ocorreu em 53% das remoções de luvas e 38% das remoções de vestuário. As intervenções educacionais reduziram a contaminação da pele e vestuário de 60% para 19%, uma melhoria que foi mantida em um período de três meses de acompanhamento.
“Estes resultados destacam a necessidade urgente de estudos adicionais para determinar estratégias eficazes, a fim de minimizar riscos de contaminação durante a remoção do EPI, para melhorar esses equipamentos e identificar métodos mais eficientes para a formação de pessoal no uso de EPI”, escrevem os autores.
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