Senado promove audiência pública sobre a profissão de instrumentador cirúrgico

Na manhã desta terça-feira (2), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), do Senado Federal, convidou representantes de diversas áreas da saúde para um debate em torno da possível regularização da profissão de instrumentador cirúrgico, disposto no PL 75/2014, aprovado na Câmara dos Deputados.

O projeto prevê que o exercício da profissão é privativo para quem tenha concluído curso na área, ministrado no Brasil ou no exterior, desde que o diploma seja revalidado aqui. Também poderiam atuar aqueles que já estão na profissão há pelo menos dois anos, a partir da lei.

A presidente do Cofen, Irene Ferreira, esteve presente juntamente com demais participantes: a senadora relatora na comissão, Ana Rita (PT/ES); a senadora Maria Amélia (PP/RS), quem pediu execução da audiência, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luís Ribeiro; a presidente da Associação Nacional dos Instrumentadores Cirúrgicos (ANIC), Maria Laura Alves; Antônio José dos Santos, da Federação Nacional dos Médicos (FNM); e o presidente da Associação Médica de Brasília, Luciano Carvalho.

Dentre os pontos mais polêmicos estão a questão da transição para quem já exerce a profissão, a qualificação profissional, a carga horária, e o conflito com a área da enfermagem, que já atuam nessa área desde a sua criação com a Lei nº 7498/1986. “Apesar de legítimo, o pleito dos instrumentadores cirúrgicos bate de frente com o exercício dos profissionais de enfermagem, pois existe previsão em lei. A questão de centro cirúrgico e central de material já são objetos de especializações da área de enfermagem. Temos 2 milhões de profissionais aptos a atuar na área”, explicitou a presidente do Cofen, Irene Ferreira. Outro ponto importante a ser pensado é a quem estes profissionais estariam subordinados e qual o órgão que faria a fiscalização dessa profissão. Como consta na constituição, os conselhos de classe são braços do Estado, que fiscalizam o exercício profissional para que seja prestada uma assistência livre de imperícia, negligência e imprudência na área a ser fiscalizada. “Acredito que o projeto ainda não esteja maduro e possa apresentar problemas futuros”, completou Irene.

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Luís Ribeiro, esclareceu que foi aprovado um parecer no CFM , um mês atrás, ainda não publicado, que coloca o instrumentador cirúrgico como profissional da área da enfermagem, embasado na legislação. “Na nossa visão o instrumentador deve ter formação na área de enfermagem”, finalizou Ribeiro.

O debate na CDH vai subsidiar o relatório da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde o PLC 75/2014, de autoria do deputado George Hilton (PRB-MG), está em análise. Foi acordado entre os interessados o aperfeiçoamento do texto da lei para que se consiga chegar num comum acordo. Após, poderá seguir para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

 

 

Fonte: Cofen




Hidrogel está com registro irregular na Anvisa desde 31 de março

O hidrogel da marca Aqualift, produto usado para preenchimento e aumento do volume em regiões do rosto e do corpo, está com registro irregular na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 31 de março. Nos últimos meses, problemas graves de saúde foram atribuídos ao uso do hidrogel, que tem em sua composição 98% de água e 2% de poliamida.

É o caso da modelo Andressa Urach, que foi internada neste fim de semana em um hospital de Porto Alegre com uma infecção na coxa esquerda e permanece em estado grave. Em nota, o Grupo Hospitalar Conceição, onde ela recebe tratamento, atribuiu a infecção ao uso do hidrogel. Há cinco anos, a modelo recebeu uma aplicação de hidrogel e de outro produto potencialmente prejudicial: o PMMA. Outro caso que ganhou repercussão nacional foi o de uma mulher que morreu em Goiânia depois de passar pelo procedimento de aplicação do hidrogel no bumbum.
Clínicas ou profissionais que tenham comprado o produto antes dessa data podem usá-lo normalmente, segundo a Anvisa, já que não foi determinado seu recolhimento. Mas a venda, por enquanto, está proibida.A Rejuvene Medical, importadora exclusiva do Aqualift no Brasil, informa que os documentos pedidos pela Anvisa para o processo de regularização já foram entregues e que, no momento, o produto não está sendo comercializado. Em nota, a empresa afirma que não existem, até o momento, provas médicas que apontem o hidrogel como o causador dos problemas de saúde noticiados nos últimos meses.

A empresa lembra, ainda, que o produto não pode ser usado por profissionais que não sejam médicos. Segundo a Rejuvene, o produto Aqualift, em sua apresentação corporal (há outra versão, facial), somente pode ser aplicada na “forma injetável por profissional da área, ou seja, de um médico com CRM, com técnica médica para sua aplicação correta”.

 

Investigação

De acordo com a Anvisa, há uma investigação em curso conduzida pela vigilância sanitária local para apurar o caso da paciente de Goiânia, que morreu após uma aplicação de hidrogel. Até o momento, sengundo a agência, não é possível determinar se o problema foi com o produto em si ou com o procedimento terapêutico. “Inclina-se para ser procedimento até porque não foi realizado em uma sala cirúrgica, e sim numa clínica. E a profissional não era médica cirurgiã”, afirmou o órgão, em nota.

A Anvisa acrescentou ainda que um procedimento de investigação semelhante, também conduzido pela vigilância sanitária local, deve ser aberto para apurar o caso de Andressa Urach.

Médicos alertam para riscos

O cirurgião plástico Alexandre Kataoka, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), afirma que um dos principais problemas em relação ao hidrogel é o uso em grandes quantidades, geralmente para o preenchimento de regiões como o bumbum e a coxa. “A indicação é a aplicação em pequenos volumes, para preencher sulcos e rugas. Para aumentar bumbum, o ideal é usar a gordura do próprio corpo, em uma lipoescultura. Ou as próteses, que sabemos que estão evoluindo.”

Ele esclarece ainda que hidrogel é uma denominação genérica que pode se referir a três produtos diferentes, todos com função de preenchimento: o hidrogel de poliamida, que foi usado por Andressa Urach, o polimetilmetacrilato, conhecido pela sigla PMMA, cujo uso também pode ter riscos, e o ácido hialurônico, considerado como uma opção mais segura, já que essa substância é naturalmente produzida pelo organismo humano e é rapidamente absorvida pelo corpo. Ainda assim, não deve ser aplicada em grandes quantidades.

Kataoka também alerta para o risco da aplicação desse tipo de produto por pessoas que não  são médicas. “Os profissionais habilitados para fazer esse tipo de procedimento são os cirurgiões plásticos, membros da SBCP, ou os dermatologistas”, observa. Ele lembra que, caso a aplicação dê errado, a retirada tanto do hidrogel quanto do PMMA é “praticamente impossível” e os pacientes correm risco de ficarem com sequelas permanentes.

Fonte: G1




Anvisa suspende 27 produtos para saúde sem registro e outros produtos

A Anvisa suspendeu, nesta terça-feira (25/11), a fabricação, distribuição, divulgação e comercialização e uso de 17 produtos para saúde sem registro na Anvisa, fabricados por Inodon Laboratório industrial de Produtos Odontológicos Ltda. Em 29/08/2014, a empresa foi inspecionada e ficou comprovada a fabricação de produtos para saúde sem registro nesta Agência. Os produtos suspensos são os seguintes: AftagilBicarnato de SódioCimento CirúrgicoDentobuffKitDesensibidentEugenol,FluorchelFluordayGel Flúor InodonGengi-RapidHemostatic,IodoformLíquido de DakinPedra Pomes Ultra-finaSoda Clorada,Solução de Milton Tricresolformalina e Xilol. Outros produtos CariostaticClaridentClorexiplacEdtaEucaliptolFluorphat,FormocresolPasta MaistoTergensol e Verniz Copalex — fabricados em nome da empresa Inodon Industrial Editora Exp. Imp. Produtos Odontológicos Ltda também foram igualmente suspensos.

Outra medida publicada pela Anvisa foi a suspensão de todos os produtos sujeitos à vigilância sanitária fabricados pela empresa N Francisco Emídio. A empresa não possui Autorização de Funcionamento (AFE) e os produtos não possuem registro, notificação ou cadastro.

Também foi determinada a suspensão do lote 325728 do produto Desinfetante para uso geral – Azulim perfumad – Eucalipto, MARCA Start. O lote foi fabricado pela empresa Lima & Pergher Indústria Comércio e Representações Ltda em 16/09/2013 e possui validade até 16/09/2016. De acordo com Laudo de Análise Fiscal da Fundação Ezequiel Dias (Funed), o lote de desinfetante apresentou resultado insatisfatório no ensaio identificação de formaldeído.

Todas as suspensões acima foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Clique aqui e confira.

 

 

Fonte: Anvisa




Ovos, alimentos crus e malpassados, verduras mal lavadas e até mesmo o gelo podem causar intoxicação alimentar

Dados do HCor (Hospital do Coração) mostram que as internações por intoxicação alimentar aumentaram 122% no último ano, principalmente pelo fato de cada vez mais as pessoas se alimentarem fora de casa. Incômodo para todos, evitar uma intoxicação não é tão simples, mas também não é impossível. Lavar bem os alimentos, saber acondicioná-los e ficar de olho em alguns detalhes quando for comer fora pode ajudar a evitar alguns dias de desconforto estomacal e intestinal, uma visita ao hospital e o consumo de antibióticos.

É necessário saber, no entanto, que as bactérias e vírus causadores das intoxicações alimentares não alteram, a princípio, a cor ou o cheiro dos alimentos. Ou seja, aquela coxinha suculenta de procedência duvidosa – e contaminada – pode parecer e ter um gosto incrível, mas horas depois ou no dia seguinte o estômago ou intestino podem reclamar bastante.
Na maior parte dos casos, o desconforto dura apenas alguns dias. “A infecção intestinal, seja por intoxicação alimentar ou por transmissão interpessoal em adultos é um quadro autolimitado, com duração de cerca de 2 a 3 dias e sem graves consequências”, explica o gastroenterologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Fernando Seefelder Flaquer. Ele diz que as principais complicações são por cuasa da desidratação, que deve ser monitorada com cuidado.

Quem já está passando por isso, tem que tratar. “O tratamento consiste em hidratação adequada para repor as perdas pela diarreia, além de evitar alimentos com leite e derivados”, conta Flaquer. “Pode-se usar medicações probióticas para repor a flora intestinal e diminuir a duração do quadro. Nos casos com suspeita de causa bacteriana, um antibiótico é associado”, diz. Só o médico, no entanto, pode prescrever qualquer medicamento.

O gastroenterologista clínico Guilherme Andrade, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho explica que os vilões que deixam muitos prostrados por dias sem poder até mesmo sair de casa são microscópicos. “Os mais comuns são os vírus noravirus e rotavírus e as maléficas bactérias Salmonela, Shigella, Clostridium Dificille, e E.Colli”, conta.

A Clostridium dificille, por exemplo, ela é uma bactéria presente naturalmente no intestino humano – e que não faz mal algum quando está em equilíbrio. Mas nem sempre ela fica quietinha no seu lugar.

O problema é quando as outras bactérias se desequilibram (seja por alguma dor de barriga ou consumo de antibióticos) e a clostridium encontra espaço se reproduzir loucamente, povoando todo o intestino. A partir de então, há uma infecção delicada para se tratar.

Ovo – é necessário saber que alimentos com ovo não devem ficar fora de refrigeração mais do que duas horas. Depois desse tempo, vira um prato cheio para a proliferação de bactérias e toxinas.

Leite – “tem de ser pasteurizado, ou levar à fervura, porque pode desenvolver bactérias que vem direto da vaca”, explica o Andrade.

Alimentos mal lavados – o gastroenterologista do Hospital 9 de Julho explica que alfaces mal lavadas e outros alimentos crus podem ser perigosos para consumo se a manipulação e higienização não foram feitas de maneira adequada. “Se a pessoa não lavou bem as mãos ou mexe no lixo e manipula a comida sem higiene, o risco de contaminação é grande”, explica ele. Ele aconselha ter uma boa referência do local em que for comer alimentos crus.

Peixes crus – segundo o médico, há um tipo de tênia do peixe (uma espécie de lombriga) que costuma contaminar o sashimi, da comida japonesa. “Você vê umas bolinhas brancas no filé do peixe”, diz ele. Ele recomenda que o consumidor saiba onde comprar peixes e quanto tempo eles ficaram expostos na bancada. Andrade explica que o peixe cru tende a ter uma cor viva, como o laranja claro e firme do salmão ou o roxo intenso do atum. “Se o peixe está meio opaco, escurecido, pode duvidar da procedência porque ele deve estar lá há algum tempo”.

Carne crua ou mal passada – apesar de ser a preferência de muitos, consumir carne sem estar bem cozida não é o ideal caso a preocupação seja evitar uma intoxicação alimentar. Claro, nem toda carne mal passada ou crua estará contaminada, mas as chances são bem maiores do que as cozidas em alta temperatura.

Gelo – nada melhor do que um suco com algumas pedras de gelo para deixá-lo bem geladinho, certo? Para o paladar, sim, mas para o estômago e intestino, vai depender da procedência da água que virou gelo. A água que se condensará deve ser filtrada e livre de impurezas, caso contrário, as bactérias também vão morar ali e fazer do corpo de quem bebeu a mais nova morada. “Em viagens é melhor escolher bebidas de latinha que já estão geladas, evitar colocar gelo que não se sabe de onde vem”, alerta o gastroenterologista.

Água – se você não sabe se ela é tratada, o melhor é tomar cuidado para ingeri-la. Em viagens para locais desconhecidos, é melhor pedir água mineral – e com gás, explica Andrade. O motivo? Ao abrir a garrafa e sentir o ruído que o gás faz ao escapar traz a certeza de que ela foi engarrafada na fábrica, e não adulterada por vendedores posteriormente, com água de locais contaminados.

“Se o vendedor passa cola na tampa da água mineral sem gás, você vai abrir a tampa sem desconfiar que o líquido que está ali não é o mesmo que veio da fábrica”, detalha.

Em locais em que não é possível encontrar água mineral, o ideal é descontaminar a água com hipoclorito. “Em alguns lugares fornecem um sachê com hipoclorito, que basta colocar na quantidade adequada na água que ela fica potável”, explica o médico.

 

Alimentos enlatados – também é algo para ficar de olho. “Se a lata estiver amassada ou estufada, é sinal de que lá dentro está proliferando gás gerado pelas bactérias”, alerta o médico. A contaminação, nesse caso, aconteceu na fábrica onde foi produzida.

Verminoses – de transmissão oral-fecal, acontece quando a pessoa com vermes não lavou a mão direito depois de sair do banheiro e pegou em alimentos, que foi para a boca de terceiros – os mais novos contaminados. “Usar luvas e máscaras na manipulação de alimentos é importante, principalmente o que não vai ser cozido”, diz Amaral.

Dor de barriga pela água de São Paulo – inclusive volume morto – é improvável

O endocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, Fadlo Fraige, explica que a água de São Paulo – mesmo a do volume morto – é extremamente tratada quimicamente e segura para consumo no ponto de vista microbiológico, ou seja, ela está livre de bactérias que poderiam causar intoxicação. O problema, ele ressalta, é a contaminação química, que pode causar problemas de saúde a longo prazo.

“Por ser extremamente tratada, existem muitos produtos químicos na água, como cloro, flúor, e eles podem eventualmente interferir na saúde”, explica o médico. Para ele, o aumento dos casos de hipotireoidismo em São Paulo pode estar ligado ao excesso de produtos químicos na água.

“A poluição no ar, na água, e possivelmente altos índices de cloro e flúor possam interferir na tireoide”, diz o médico, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

 

Fonte : IG




Taxa de mortes por câncer subiu no país entre 2011 e 2012, diz atlas

Novos números do Atlas de Mortalidade por câncer no Brasil revelam um aumento nas taxas de mortes entre 2011 e 2012 em consequência de diferentes carcinomas no país. Segundo o levantamento, a taxa bruta de mortes a cada 100 mil homens subiu de 100,47 para 103,2. Enquanto o índice de óbitos a cada 100 mil mulheres cresceu de 83,99 para 86,92.

Em números absolutos, no período avaliado, considerado o mais recente, a quantidade de mortes entre homens pela doença subiu de 94.649 para 98.033, e de 82.455 para 86.040, no caso das mulheres.O levantamento é feito pelo Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), ligado ao Ministério da Saúde. Uma versão on-line do atlas será lançada nesta sexta-feira (28) pelo governo, com dados históricos de óbitos registrados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

 

Tipos de carcinomas avaliados

De acordo com a ferramenta, dos cinco tipos de cânceres que mais acometem os homens, houve diminuição da mortalidade em apenas um deles. No caso das mulheres, o índice de óbitos aumentou em todos os cinco tipos de tumores malignos mais detectados no país.

O Câncer de pulmão é o que mais mata entre o sexo masculino. A taxa de mortalidade para cada grupo de 100 mil homens subiu de 15,01, em 2011, para 15,54, em 2012. O índice de óbitos por tumores na próstata, o segundo que mais mata, aumentou de 13,50 para 13,65.

Apenas no caso de cânceres no esôfago é que houve uma leve redução na taxa, de 6,54, em 2011, para 6,53, em 2012. Os outros dois tipos que mais provocam óbitos são os de esôfago e no fígado.Já na avaliação do sexo feminino, o câncer de mama é o mais letal. A taxa de mortes para cada 100 mil mulheres aumentou de 11,88 para 12,10 no período avaliado. Em seguida vem o carcinoma nos brônquios e pulmões, que subiu de 7,81 para 8,18. Os outros três tipos com mortalidade elevada são o de colo do útero, estômago e cólon.

No Brasil, a taxa de mortalidade de outro tipo de câncer que é comum no país, o melanoma maligno da pele, subiu apenas entre os homens. O índice saltou de 0,9 para 0,94 mortes a cada 100 mil pessoas. Para o grupo de mulheres, a taxa permaneceu estável, em 0,64 óbitos. O padrão mundial é de 0,94 mortes entre os homens e 0,53 entre as mulheres.

Estimativa de casos

Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde estima que haverá 576.580 novos casos de câncer diagnosticados no país em 2014. Entre os que devem ter maior incidência, estão os de pele, próstata e mama, segundo a pasta.

A previsão, de acordo com o governo, é que o tumor de pele não melanoma, considerado o mais frequente na população feminina e masculina, atinja 182 mil pessoas este ano.

Entre os homens, segundo a previsão do ministério, são esperados 69 mil novos casos de câncer de próstata. Em relação às mulheres, o câncer de mama deve atingir mais de 57 mil.

Segundo o levantamento, “com exceção do câncer de pele, a ocorrência de novos casos da doença no próximo ano será de 394.450, sendo 52% em homens e 48% em mulheres”.

A previsões de novos casos de câncer, divulgadas a cada dois anos, servem de base para a elaboração de políticas públicas na área de oncologia. No documento, elaborado pelo , estão relacionados os 19 tipos de cânceres mais frequentes no Brasil.

O Ministério da Saúde informou que o câncer é, atualmente, a segunda principal causa de morte no Brasil e no mundo, “atrás apenas das doenças cardiovasculares”.

 

 

 

Fonte : G1




Gripe aviária é detectada em três novas fazendas na Holanda

O vírus da gripe aviária foi detectado nesta sexta-feira em três novas granjas na Holandesa, anunciaram as autoridades, sem conseguir definir se a cepa era da variedade altamente contagiosa descoberta no começo da semana.
O ministério dos Assuntos Econômicos também confirmou que a cepa do vírus encontrada na quinta-feira em uma granja em Ter Aar, no centro do país, é a H5N8, a mesma detectada no último fim de semana em uma primeira criação de aves holandesa, em Hekendorp.
A cepa H5N8, “altamente patogênica” para os animais, mas que representa um risco pequeno para os humanos, foi detectada pela primeira vez na Europa no início de novembro em uma granja de perus no Alemanha.
Até então limitada à Ásia, a cepa H5N8, trazida por aves migratórias, também foi detectada na Grã-Bretanha em uma fazenda localizada em Yorkshire, no norte da Inglaterra.
Depois de detectar a cepa H5N8 do vírus em Hekendorp no fim de semana e em Ter Aar na quinta-feira, as autoridades detectaram o vírus da gripe aviária nesta sexta em uma terceira granja, localizada em Kamperveen, a cerca de 100 km de Hekendorp e Ter Aar .

Esta tarde, o ministério dos Assuntos Econômicos indicou que “os sintomas consistentes com os da gripe aviária” haviam sido encontrados em duas outras fazendas e, Kamperveen.
As aves dessas três granjas serão sacrificadas e as fazendas desinfectadas pelas autoridades de saúde, segundo a mesma fonte.

A variante detectada em Kamperveen é a H5, mas não está claro se era da variedade altamente patogênica ou não.Esta variante é diferente da H5N1 que entre 2003 e 2014 causou, principalmente na Ásia, 393 vítimas humanas de 668 casos notificados, cerca de 60% dos casos fatais, de acordo com a OMS.Segundo a OMS, não se sabe se a H5N8 pode infectar os seres humanos, mas vários especialistas independentes consideram o risco “extremamente baixo, se não for zero”.

Na Holanda, foi proibido na quinta-feira o transporte em todo o país de aves, ovos e esterco de galinha para um máximo de 72 horas.

Fonte: Yahoo




Número de casos de dengue em SP aumenta 840% no inverno

Apesar do período atípico, o número de casos de dengue no inverno deste ano foi 840% maior do que o registrado na mesma época no ano passado na cidade de São Paulo.
De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, foram relatados 705 casos entre as semanas epidemiológicas 26 e 38, que compreendem a estação.

Em 2013, o número foi de 75 casos. Até o dia 1º deste mês, a cidade teve 27.721 casos autóctones, contraídos na cidade, dez vezes mais do que em todo o ano passado, que teve 2.617 casos.Infectologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Artur Timerman observa que o aumento dos casos fora da época de pico, que ocorre durante o verão, tem relação com o fato de o inverno ter sido mais quente neste ano.

“Tivemos um inverno muito quente, com pouca chuva, mas, apesar disso, quando chove em São Paulo, como as condições de saneamento básico e coleta de lixo são precárias, são criadas condições [para o mosquito] mesmo no inverno”, explica o infectologista.

Segundo Timerman, as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, são resistentes. “As larvas podem sobreviver por até um ano e meio em condições desfavoráveis. Quando há calor e chuva, elas eclodem.”

O infectologista diz ainda que a população não tem imunidade para todos os quatro tipos da doença. “Quando uma pessoa é infectada, tem imunidade a todos os sorotipos só por um ano e ao tipo que ela teve para o resto da vida.”

Clínico-geral e infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon diz que os hábitos da população também estão relacionados ao aumento de casos.

“O mosquito precisa de água e de temperatura mais quente para sobreviver. Se estiver muito frio, diminui a proliferação. Aquelas condutas de não deixar prato com água não têm tanto rigor no inverno. As pessoas relaxam um pouco, porque vinculam a dengue com a chuva.”

Alta Temperatura

Na terça-feira, o secretário municipal da Saúde, José de Filippi Junior, também atribuiu o número expressivo de casos às altas temperaturas no inverno. “Nós temos de fazer uma associação à temperatura e à ocorrência de umidade e menos chuva. Neste ano, tivemos um verão altamente quente e um inverno também mais quente.”

Entre 21 de setembro e 13 de novembro, foram registrados 36 casos na capital. Em todo o Estado, foram relatados 186.389 autóctones. O levantamento considera o período de janeiro a outubro, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. No litoral, o município de Mongaguá está em fase de alerta para a transmissão da doença e terá um mutirão contra a dengue.

Fonte: UOL




Obesidade já custa ao Brasil 2,4% do PIB, diz estudo

A obesidade custa ao Brasil 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo um estudo internacional conduzido pelo McKinsey Global Institute, que mostra o aumento dos gastos no combate ao problema no mundo.

O custo equivale equivaleria a R$ 110 bilhões, considerando o PIB – a soma de todas as riquezas produzidas em um país – brasileiro em 2013 (R$ 4,8 trilhões).No mundo, 2,8% de todas as riquezas são gastos no enfrentamento da obesidade. Isso equivale a cerca de R$ 5,2 trilhões, afirmam os pesquisadores.

O custo mundial da obesidade é quase o mesmo de doenças decorrentes do fumo ou perdas em consequência de conflitos armados – e tão relevante quanto o alcoolismo e as mudanças climáticas.
No Brasil, a obesidade é o terceiro de uma lista de problemas de saúde pública que mais pesam na economia, atrás de mortes violentas e alcoolismo, mas na frente de tabagismo.De acordo com a McKinsey, 2,1 bilhões de pessoas – cerca de 30 % da população do mundo – estão acima do peso ou obesos.

A McKinsey afirma que em 2030, cerca de 50% da população poderá ser classificada como obesa, um percentual que o Brasil já atingiu.

Levantamento do Ministério da Saúde revela que 51% da população brasileira está acima do peso.

‘Pedágio’

O relatório afirma que existe um crescente “pedágio econômico” decorrente da obesidade: os custos financeiros impactam não apenas o setor de saúde pública, mas se distribuem amplamente na economia. Ao provocar doenças, por exemplo, a obesidade diminui os dias úteis e afeta a produção.O estudo afirma que estas medidas são mais eficazes do que impostos sobre alimentos ricos em gordura e açúcar, ou campanhas de saúde pública.
Também foram considerados programas de controle de peso e de exercícios no ambiente de trabalho. O relatório pede “uma estratégia de escala” para uma realidade “que está alcançando proporções de crise”.
Uma pessoa é considerada obesa se tiver excesso de peso combinado a um elevado grau de gordura corporal.
A maneira mais comum para avaliar se uma pessoa é obesa é verificar seu índice de massa corporal (IMC), que divide o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado.Um IMC acima de 25 significa excesso de peso. Um IMC de 30 a 40 equivale a obesidade. Indivíduos com IMC acima de 40 são considerados muito obesos.

Na mão oposta, um IMC menor que 18,5 significa abaixo do peso ideal.

Fonte:  G1




Banco Mundial defende fundo contra epidemias

O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, defendeu, em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, um acordo internacional que permita gerar fundos para enfrentar epidemias como a de Ebola.

“Precisamos de um acordo global, implementado através do Banco Mundial ou de outra instituição, que garanta a disponibilidade de meios financeiros em caso de epidemias graves”, explicou o jornal.

“Considero um dever moral instaurar este projeto durante o meu mandato”, assegura Jim Yong Kim, médico e especialista em doenças infecciosas, que preside o BM desde 2012.

“No início os países ricos contribuem mais, os pobres menos, mas todos participam”, explica.

A epidemia de Ebola resultou em 5.177 mortos, em um total de 14.413 casos registrados em oito países, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado no dia 11 de novembro.

Fonte: Yahoo




Cientistas sugerem que a cura para o ebola pode estar no sangue dos sobreviventes

Um grupo de cientistas propôs que as autoridades americanas busquem a vacina e tratamentos para o vírus ebola nos anticorpos do sangue de sobreviventes.
A teoria é baseada no uso do chamado soro convalescente, que já foi dado a pelo menos quatro pacientes que se recuperaram nos Estados Unidos. A técnica é chamada de imunização passiva, e vem sendo utilizada desde o século XIX, apesar de ter sido substituída em grande parte pela vacinação.

Os cientistas recomendam o uso de novas tecnologias para encontrar centenas ou até milhares de anticorpos do vírus, determinar sua “receita” genética e produzi-los em quantidades industriais, para, ao fim, combiná-los em um único tratamento, semelhante ao coquetel utilizado em pacientes com HIV.
As drogas hoje em desenvolvimento são todas baseadas em um pequeno número de moléculas capazes de combater o ebola.
Entre os defensores da ideia estão os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina David Baltimore, especialista em biologia molecular do sistema imunológico, e James Watson, um dos descobridores do formato de dupla-hélice do DNA.

Uma proposta foi enviada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que inclui o Food and Drug Administration (órgão que regula alimentos e medicamentos), a legisladores e empresas de biotecnologia.

Fonte: Veja