Medicamentos e Soros. O que aprendemos com as serpentes? Livro “As Principais Serpentes da Cidade de São Paulo”
O casal de fotógrafos Pedro Campos e Stella Curzio, estão em vias de lançar o livro “As Principais Serpentes de São Paulo”. Com mais de 20 espécies e aproximadamente 120 fotos feitas dentro do Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo, a publicação promete misturar arte e ciência. Com textos do Dr Otavio Marques, pesquisador do Instituto Butantan e diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução (LEEV), o livro traz informações relativas a cada espécie, como hábito, alimentação, dentição, riscos de acidentes, etc, e informações sobre onde são encontradas, inclusive algumas, em parques da cidade.
A obra é dividida em dois capítulos: o primeiro, explorando a visão de cima da serpente, onde podemos observar o formato de seu corpo, cor e movimento nas mais variadas formas.
O segundo, seus detalhes, texturas e características peculiares, acompanhadas de texto sobre comportamento.
Para que o livro seja comercializado, a Editora Vento Verde pede que as pessoas preencham uma pesquisa no site, para quantificar quantos têm interesse em adquirir o material.
Acesse o site do livro para saber mais: www.serpentesdesaopaulo.com.br
Leia na íntegra, a matéria que o site São Paulo para Curiosos publicou sobre o livro.
Na medicina, as serpentes são extremamente importantes. Foi buscando no veneno da serpente o remédio para a cura dos males por ele causado que o médico Vital Brazil, fundador do Instituto Butantan, fez companhia a dezenas de personagens famosos da história da medicina. Sua admiração por esses animais ajudou a desenvolver no país o soro antiofídico e ainda despertou em nossos cientistas o interesse pelas suas toxinas. Os venenos são também uma fonte de cobiça pelo potencial de gerar riquezas que têm, por servirem de modelo para novos remédios e pesticidas.
fonte: Pesquisa FAPESP
Além das cascavéis, estudos apontaram que o veneno das jararacas (Bothrops) possui uma substância que atua sobre o sistema nervoso central induzindo a redução da frequência cardíaca e pressão arterial. Assim, alguns cientistas vêm trabalhando no desenvolvimento de um novo medicamento à base da toxina para o tratamento da hipertensão. O veneno das cascavéis (Crotalus durissus), contém uma substância chamada crotoxina, e alguns estudos apontaram que ela poderia ser utilizada no combate ao câncer. Segundo descobriram os cientistas, além de atuar diretamente sobre as células cancerígenas, induzindo a regressão de tumores, essa toxina ainda é capaz de estimular o sistema imunológico e tem ação contra inflamações agudas e crônicas.
fonte: Mega Curioso