Campanha “Abril pela Segurança do Paciente” – A sociedade na qualidade da assistência à saúde
Com objetivo de engajar a sociedade na qualidade da assistência à saúde, o IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente – em parceria com a ONA – Organização Nacional de Acreditação – e o apoio do ISMP Brasil – Institute for Safe Medication Practices – promoverá conteúdos para pacientes e profissionais ao longo de todo o “Abril pela Segurança do Paciente”.
A campanha “Abril pela Segurança do Paciente” é uma iniciativa do Ministério da Saúde que prega que “todos podem contribuir para a segurança do paciente”. O IBSP, a ONA, e o ISMP Brasil são instituições que buscam incessantemente colaborar com a melhoria da assistência no Brasil, e que também acreditam que sensibilizar tanto os profissionais de saúde quanto os próprios pacientes na busca por um cuidado de saúde de qualidade é a única opção por uma saúde com menos eventos adversos.
Em 2017, marca-se o quarto aniversário do lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente, um momento ideal para enfatizar a segurança do paciente e todas as iniciativas desenvolvidas no Brasil que focam na melhoria da segurança do paciente.
A proposta do Ministério da Saúde é marcar o mês da Segurança do Paciente em abril, pois foi neste período do ano que foi realizado o lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
“Nesse contexto, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), por meio da Portaria MS/GM nº 529, de 1° de abril de 2013, com o objetivo geral de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde, em todos os estabelecimentos de Saúde do território nacional, quer públicos, quer privados, de acordo com prioridade dada à segurança do paciente em estabelecimentos de Saúde na agenda política dos estados-membros da OMS e na resolução aprovada durante a 57a Assembleia Mundial da Saúde”, informa o Ministério da Saúde.
O PNSP não pode ser visto como a única medida capaz de mudar esse quadro. Ao contrário, suas ações devem se articular aos esforços de políticas de saúde, inclusive privadas.
“Nosso objetivo é engajar a sociedade como um todo na promoção de um assistência à saúde de qualidade. Um dos focos é o próprio paciente, que precisa saber o que é “segurança do paciente” e como ele pode cobrar qualidade em seu atendimento. Na outra ponta, o objetivo é impactar os profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto privada, para que essas pessoas se transformem em verdadeiros agentes transformadores ao levarem à prática diária, os pilares, princípios e protocolos de segurança do paciente”, diz o Dr. Lucas Zambon, diretor científico do IBSP.
Programação do mês da segurança
Durante o mês de abril, será apresentada uma programação interessante para promover os pilares da segurança do paciente. “Haverá uma série de conteúdos especiais no Portal do IBSP sobre as boas práticas relacionadas às metas internacionais de segurança do paciente, uma campanha nas redes sociais explicando os principais conceitos do tema ao público leigo, um webinar gratuito para discutir novos desafios na área, culminando no fim do mês com o II Simpósio Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente”.
“O II Simpósio promovido por IBSP & ONA é uma oportunidade de discutir os rumos da segurança do paciente com olhar científico, abordando inovação, tendências e os rumos do setor no Brasil e no mundo”, comenta do Dr. José Branco, diretor executivo do IBSP.
AGENDA
11/04 (terça-feira), 19h
Webinar gratuito – “Segurança do Paciente: quais são os novos desafios?”, com o Dr. Lucas Zambon, diretor científico do IBSP. Link para a inscrição gratuita
26 a 28/04 (quarta a sexta-feira)
II Simpósio Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente
As 6 metas internacionais de segurança do paciente
1. Identificação do paciente
Evitar que procedimentos e administração de medicamentos sejam feitos em pacientes errados, garantindo a identificação correta do paciente. “A identificação do paciente é importante para prevenção de erros e complicações decorrentes da entrega de procedimentos, resultados de exames, medicação, dentre outros, ao paciente errado”, define Márcia Martins, diretora técnica da divisão de enfermagem do Hospital das Clínicas. “Além disso, norteia a equipe nos procedimentos a serem realizados para a conferência da identificação do paciente em todas as etapas do cuidado”, completa.
2. Comunicação efetiva
Evitar que informações sobre os cuidados do paciente sejam perdidas ou trocadas, melhorando a efetividade da comunicação entre os profissionais da saúde.” O uso de códigos padronizados de diagnósticos, procedimentos, símbolos, abreviaturas e definições deve ser implementado e monitorado para evitar erros de comunicação e erros em potencial”, diz Rima Farah que é Enfermeira, mestre em Avaliação pela Fundação Cesgranrio, e especialista em Administração e Organização Hospitalar pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
3. Uso de medicamentos
Evitar erros de prescrição e administração de medicação aos pacientes, fazendo o uso seguro de medicamentos. “A função do farmacêutico no ambiente hospitalar é fundamentalmente aumentar a segurança na utilização de medicamentos no cenário hospitalar, reduzindo a ocorrência de eventos adversos envolvendo o uso dos medicamentos. Além disso, um dos desafios é estabelecer cuidado centrado no paciente e ser referência para a equipe multiprofissional”, diz Lívia Maria Gonçalves Barbosa, farmacêutica especialista em UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica no CRF SP.
4. Cirurgia Segura
Evitar erros antes, durante e depois de cirurgias, garantindo as condições de uma cirurgia segura. “Para minimizar o dano ao paciente em cirurgias, é importante que haja a garantia de que o check-list de Verificação de Segurança seja realizado, assegurando que as etapas pré, trans e pós-operatórias sejam cumpridas de maneira oportuna e eficiente”, reforça Renata Barco, gerente do Bloco Operatório e Centro de Endoscopia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
5. Higiene das mãos, Lesão por pressão
Evitar infecções hospitalares, promovendo uma corretar higiene das mãos pelos profissionais. A higienização das mãos é um procedimento básico essencial na prevenção das IRAS. “É uma medida simples que compreende a lavagem de mãos com agua e sabão ou higienização com formulação alcoólica”, diz Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
6. Reduzir quedas e úlceras por pressão
Evitar quedas e lesões por pressão nos ambientes hospitalares, garantindo uma assistência de qualidade. “O importante é evitar que a queda aconteça”, diz José Eduardo Pompeu, que é Fisioterapeuta pela USP e doutor e mestre em Neurociências pela Universidade de São Paulo. “O desenvolvimento de lesão por pressão é um indicador de qualidade da assistência, por isso, as instituições que controlam este indicador elaboram protocolos de prevenção”, diz Fernanda Marchiori, enfermeira estomaterapeuta e líder do grupo de prevenção de úlcera por pressão do Hospital São Camilo, de São Paulo.
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Fonte: IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente