Reuso de uso único

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Considerando-se que a palavra “reuso” foi emprestada de vocábulo da língua estrangeira e acrescida ao léxico do nosso idioma tendo se consolidado dada a generalização de seu uso , talvez poderia-se  adotar  um termo mais adequado com correspondência na língua portuguesa  “ reutilização de uso único”. Questões  de semântica  a parte vamos ao que interessa objetivamente.

Sabe-se que o “reuso de produto para saúde uso único” é um assunto controverso, complexo gera muita discussão mas muito importante. A temática  requer conhecimento, atitude e a participação da equipe de saúde envolvida que irá discutir exaustivamente, com o apoio técnico do enfermeiro que atua na CME. Por conseguinte este profissional deve estar atualizado tendo garantindo  as melhorias na prática.

Neste contexto precisamos da opinião dos possíveis usuários desses produtos para saúde(PPS) reprocessados, o que no contexto fica difícil de ser realizado.

Apesar da busca incessante de formas para racionalizar  e reduzir custos não podemos afetar o bem estar e segurança dos pacientes e a segurança da equipe que realiza o reprocessamento.

O mais comum é o impasse quando a questão é reprocessamento de PPS de uso único. Todos sabemos que o reprocessamento pode expor o trabalhador da saúde a patógenos, a produtos e subprodutos químicos entre outros perigos.

Os pacientes usuários finais de um PPS reprocessado pode  ser submetidos a outros perigos  além dos riscos do procedimento.

Estes riscos envolvem a qualidade funcional do PPS decorrente do desgaste e fragilidade e resíduos tóxicos.

Como então garantir ou minimizar tais riscos e perigos?

[column]sandra[/column]É de vital importância que considerações econômicas, políticas e sobretudo de caráter ético sejam objeto de reflexão quando se estabelece um Programa de Reprocessamento de PPS de uso único.

Precisamos conhecer o capitulo 11 ( Reuse of Single use Medical Device) – Central Service Technical Manual , texto adaptado por Sandra Cristina Perez Tavares, Enfermeira , especialista em Doenças infecciosas, Administradora Hospitalar,  e Mestre em Bioética . Responsável técnica de enfermagem do Hospital Ipiranga da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo de 1997 a 2009 e hoje Diretora Técnica de Saúde  na Coordenadoria de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo.

 

Considerações no Reprocessamento de Material de Uso Único

(Adaptação simples para o Portal NASCECME, versão para estimular a leitura e a busca de interpretações e futuras discussões)

[column]12_nasce_cme[/column]

PASSO 1. AVALIAÇÃO PRELIMINAR

  • Este item de uso único está sendo adquirido pelo menor preço possível?
  • Acredita que reprocessando este item de uso único vai economizar recurso?

 

PASSO 2. ALTERNATIVA AO REPROCESSAMENTO

  • Existe item reutilizável similar?
  • Que estudos científicos dão suporte ao reprocessamento deste item de uso único?

 

PASSO 3. ANÁLISE DE CUSTO INICIAL

  • A economia será real?

 

PASSO 4. AVALIAÇÃO DE RISCO

  • Para o paciente e para o funcionário que entrarão em contato com o item de uso único reprocessado.
  • Se o material for reprocessado, avalie se o risco é manejável.

 

PASSO 5. CONSIDERA OS PROTOCOLOS DE REPROCESSAMENTO

  • Estudo de viabilidade incluindo os processos de:

Limpeza

Reprocessamento / recondicionamento

Inspeção

Testes e

Esterilização
 

PASSO 6. INSTITUIÇÃO DE SAÚDE OU EMPRESA PROCESSADORA REQUER:

  • Equipe experiente.
  • Equipamentos específicos.

 

PASSO 7. DESENVOLVER PROCEDIMENTOS

  • Como o item de uso único será reprocessado, descrever POP.
  • Validar, realizando teste de cada etapa proposta do reprocessamento.

 

PASSO 8. AVALIAR POTENCIAL DE CUSTO

  • Estimar custo atual.
  • Estimar custo do reprocessamento e validar conforme passo 7.

 

PASSO 9. OBTER AS APROVAÇÕES NECESSÁRIAS

  • Das instalações (hospital / empresa terceirizada).
  • Para pesquisa em seres humanos.

 

PASSO 10. CONDUZIR ESTUDO DE VALIDAÇÃO CLÍNICA

  • Quais efeitos adversos com o reprocessamento comparado ao item de uso único?

 

PASSO 11. REALIZAR AVALIAÇÃO DE CUSTO REAL

  • Considerar custos baseados em estudos clínicos validados.

 

PASSO 12. PROGRAMAR O REPROCESSAMENTO DO ITEM DE USO ÚNICO

  • Operar o programa.
  • Monitorar o processo.
  • Assegurar que a eficácia, segurança e custos objetivos sejam atendidos de forma consistente.

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