Mudança climática pode aniquilar avanços na saúde, apontam médicos

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A mudança climática poderá aniquilar os avanços médicos dos últimos 50 anos, com acontecimentos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, inundações, ou secas – advertiu um comitê de especialistas nesta terça-feira (23).

Para o professor Hugh Montgomery, da University College de Londres e copresidente da comissão criada pela revista médica britânica “The Lancet”, “a mudança climática é uma emergência médica”.

Segundo essa comissão, o controle das emissões de carbono pode beneficiar a saúde, já que a poluição do ar favorece diversas patologias respiratórias e cardiovasculares. Os trabalhos da comissão coincidem com as negociações internacionais, de olho em um acordo no final do ano em Paris.

“A consequência das mudanças climáticas para uma população mundial de 9 bilhões de habitantes ameaça minar os avanços realizados há meio século no desenvolvimento e na saúde global”, insistem os especialistas.

Entre os efeitos indiretos para a saúde, os pesquisadores citam a poluição urbana, os problemas de segurança alimentar e o desenvolvimento de doenças transmitidas por mosquitos que se propagam para as zonas mais quentes, devido ao aquecimento do planeta.

A crise exige “uma resposta urgente, utilizando as tecnologias disponíveis atualmente”, alerta o professor Montgomery, que denuncia a lentidão do processo de negociações sobre o clima. Em um ano, esta é a terceira advertência de especialistas sobre o clima.

Aumento de AVCs
Um estudo divulgado no início deste ano sugere que a poluição do ar tem relação com um possível estreitamento das artérias carótidas, responsáveis por transportar o sangue arterial do coração para o cérebro. O entupimento delas pode provoca um acidente vascular cerebral (AVC).

Pesquisadores do Centro Médico Langone, hospital da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, analisaram registros de mais de 300 mil pessoas que vivem em Nova York, Nova Jersey e Connecticut.

Com os dados, eles descobriram que quem vivia em endereços com maior presença de poluição particulada ficou mais propenso ao estreitamento de suas artérias carótidas internas em relação a quem vivia em áreas menos poluídas.

O material particulado (que tem a sigla em inglês PM2,5) é uma denominação para um conjunto de poluentes como poeiras, fumaças e todo titpo de material sólido e líquido que fica suspenso na atmosfera por causa do seu tamanho pequeno.

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Fonte: G1

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